Brincadeira
Brincar
é fundamental para o desenvolvimento. Além dos benefícios físicos, os jogos em
grupos e as brincadeiras individuais, como pular corda, estimulam o corpo e a
mente, promovendo a criatividade, a habilidade social, o raciocínio e até o
controle das emoções. Por isso, o ideal é adiar o quanto for possível a
matrícula do seu filho em aulas extracurriculares, para que ele tenha tempo de
criar seus próprios passatempos. Afinal, ele poderá aprender informática,
música e idiomas no futuro, mas só viverá a infância uma vez.
A
brincadeira deve começar por volta dos 6 meses, quando o bebê passa a
engatinhar atrás de objetos: os pais podem jogar brinquedos e incentivá-lo a
alcançar. A partir dos 2 anos, a criança pode pedalar triciclos, com supervisão
dos adultos. Entre 3 e 4, comece a introduzir bicicleta com rodinhas, para
estimular o equilíbrio, e brincadeiras com bolas leves, para exercitar braços e
pernas. Depois dos 5 anos, a criança passa a entender regras e pode participar
de jogos coletivos, mas com colegas do mesmo tamanho, para não se machucar.
Os
pais podem não perceber, mas têm o poder de incentivar o filho a se movimentar,
encorajando - o a sair da frente das telas (smartphone, videogame, TV, tablet e
computador) para brincar como antigamente. Sempre que tiver tempo, proponha um passeio
no playground ou à quadra do prédio. Essa, aliás, é uma boa oportunidade para
resgatar as atividades que marcaram sua infância e mexer o corpo. Vá coma
família a parques, clubes ou praças para andar de bicicleta, patins, jogar
queimada, brincar de pega-pega, amarelinha e o que a imaginação permitir. Se
vocês moram na praia, incluam mar e areia na farra. Seu filho nem nota que,
enquanto brinca, se desenvolve por completo. Mas de uma coisa ele se lembrará
no futuro: como era divertida sua infância!
Esporte
É
natural que você sonhe em torcer por seu filho em um jogo de futebol ou
assistir à sua apresentação de dança. Mas não se apresse em inscrevê-lo em uma
escola especializada.
O
melhor é esperar que ele tenha maturidade para compreender regras e entender
seu papel nessas dinâmicas, o que acontece por volta dos 6 anos. Nessa idade,
você pode matriculá-lo na iniciação esportiva, para que tenha contato com diversas
modalidades e descubra qual é a sua preferida. Geralmente, as crianças costumam
pedir futebol, balé, ginástica artística e lutas, como judô e capoeira.
A
natação é um caso à parte: trata-se de um ótimo exercício desde os primeiros
meses de vida. Com a autorização do pediatra, seu filho pode frequentar as
aulas a partir dos 3 meses, acompanhado de um responsável e do educador físico,
em piscina coberta e aquecida. O bebê conserva o reflexo de imersão, ou seja, lembra-se
de quando estava no útero e, por isso, sente segurança e liberdade. Aos 4 anos,
a criança que já faz aulas começa a se virar sozinha na água e aprende vários
tipos de nado.
O
importante, independentemente do esporte escolhido, é cuidar para não haver
sobrecarga. “Alteração de apetite, nervosismo, falta de paciência, piora do
sono e queda da imunidade são indícios de exagero”, explica o médico Jomar
Souza, da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. O melhor,
segundo ele, é escolher apenas uma modalidade por vez e fazer três aulas por
semana, com uma hora de duração. Vale lembrar que é normal a criança querer
mudar muitas vezes de atividade. Afinal, ainda está se conhecendo e deve ser
incentivada a encontrar suas preferências.
Outra
dica é não cobrar resultados excelentes. Isso desmotiva seu filho e pode criar
traumas. Lembre-se de que uma das funções do esporte é ensinar às crianças
sobre vitórias e derrotas, preparando-as para a vida.
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