terça-feira, 4 de junho de 2019

CANTIGAS DE RODA - CIRANDAS


As cantigas de roda, também conhecidas como cirandas são canções com composições simples, rimadas, algumas com coreografias divertidas para serem cantaroladas pelas crianças em uma roda brincadeiras que consistem na formação de uma roda, com a participação de crianças, que cantam músicas de caráter folclórico, seguindo coreografias. São muito executadas em escolas, parques e outros espaços frequentados por crianças. As músicas e coreografias são criadas por anônimos, que adaptam músicas e melodias. Transmitidas oralmente, as letras das músicas são simples e trazem temas do universo infantil.


Cantigas de rodas: educação e ludicidade




As cantigas de roda são uma das manifestações culturais do folclore brasileiro e contribuem para o aprendizado da educação das crianças. 

A maneira de aprender brincando em uma roda, todas de mãos dadas, possibilita a socialização e a coletividade entre as crianças. 

As crianças cantam no mesmo ritmo de forma uníssona, fazem coreografias divertidas e dançam muito. 

Em razão da sua importância cultural, as cantigas de rodas são realizadas em escolas públicas, privadas, em creches ou em espaços de educação não formal, como em ONGs. 

Muitos professores ainda fazem brincadeiras folclóricas para ensinar as crianças sobre a importância da cultura folclórica. 


Curiosidade


- As letras das cantigas de roda podem variar de região para região do Brasil e até de cidade para cidade num mesmo estado. Isto ocorre, pois são transmitidas oralmente, sendo comum as pessoas modificarem algo na letra ao transmitirem para amigos, conhecidos e parentes.



Alguns exemplos de cantigas de roda:

Capelinha de melão

Capelinha de melão
É de São João
É de cravo, é de rosa,
É de manjericão
São João está dormindo
Não acorda, não
Acordai, acordai,
Acordai, João! 

Caranguejo 

Caranguejo não é peixe
Caranguejo peixe é
Caranguejo não é peixe
Na vazante da maré.
Palma, palma, palma,
Pé, pé, pé
Caranguejo só é peixe, na vazante da maré!

Atirei o pau no gato

Atirei o pau no gato, tô
mas o gato, tô tô
não morreu, reu, reu
dona Chica, cá cá
admirou-se, se se
do berrô, do berrô, que o gato deu, Miau! 

Ciranda cirandinha

Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar, vamos dar a meia-volta, volta e meia vamos dar
O anel que tu me deste era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas era pouco e se acabou
Por isso, D. Fulano entre dentro dessa roda
Diga um verso bem bonito, diga adeus e vá-se embora
A ciranda tem três filhas
Todas três por batizar
A mais velha delas todas
Ciranda se vai chamar.

Escravos de Jó 

Escravos de Jó
Jogavam caxangá
Tira, bota, deixa o Zé Pereira ficar.
Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zá
Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zá.

Peixe vivo

Como pode o peixo vivo
Viver fora da água fria
Como pode o peixe vivo
Viver fora da água fria
Como poderei viver
Como poderei viver
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia
Os pastores desta aldeia
Ja me fazem zombaria
Os pastores desta aldeia
Ja me fazem zombaria
Por me verem assim chorando
Por me verem assim chorando
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia.

O cravo e a rosa

O cravo brigou com a rosa
debaixo de uma escada.
O cravo saiu ferido
e a rosa, despedaçada

O cravo ficou doente,
 a rosa foi visitar.
O cravo teve um desmaio
e a rosa pôs-se a chorar.

Fui no Itororó

Fui na fonte do Itororó
Beber água e não achei.
Achei linda morena
Que no Itororó deixei.
Aproveite minha gente
Que uma noite não é nada.
Se não dormir agora
Dormirá de madrugada.
Ó Mariazinha!
Ó Mariazinha!
Entre nesta roda
E dançara sozinha.
Sozinha eu não danço
Nem devo dançar
Porque tenho o boto
Para ser meu par.

A canoa virou

A Canoa virou
Pois deixaram ela virar
Foi por causa da (nome da pessoa)
Que não soube remar
Se eu fosse um peixinho
E soubesse nadar
Eu tirava a (nome da pessoa)
Do fundo do mar
Siri pra cá
Siri pra lá
(Nome da Pessoa) é bela
E quer casar.

Sapo-cururu

Sapo-cururu,
Na beira do rio,
Quando o sapo canta,
Oh maninha,
É que está com frio

A mulher do sapo
Deve estar lá dentro
Fazendo rendinha
Oh, maninha,
Para o casamento.

Meu galinho

Há três noites que eu não durmo, o-lá-lá!
Pois perdi o meu galinho o-lá-lá!
Coitadinho, o-lá-lá!
Pobrezinho, o-lá-lá!
Eu perdi lá no jardim.

Ele é branco e amarelo, o-lá-lá!
Tem a crista vermelhinha, o-lá-lá!
Bate as asas, o-lá-lá!
Abre o bico, o-lá-lá!
Ele faz qui-ri-qui-qui!

Já rodei em Mato Grosso, o-lá-lá!
Amazonas e Pará, o-lá-lá!
Encontrei, o-lá-lá!
Meu galinho, o-lá-lá!
No sertão do Ceará.

Fonte: 

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